domingo, 21 de novembro de 2010

Redemoinhos

Deixo que o vento penetre em meus dedos, ora fecho-os, ora os abro.
Em alguns momentos penso que posso segurá-lo, nos momentos em que minha mão forma uma concha. Sinto que vou contra as leis naturais, e por isso impulsivamente fecho minha mão em um punho.
Vento, por que não paira em minha palma e que me permite mais do que um rasgar do ar, ou um zumbido por natureza? Por que não faz mais do que gelar meu corpo e fazer fluir meus pensamentos? Ah Vento, como é bom você fazer fluir meus pensamentos, pois embora lá fora não vente há uma brisa forte aqui.
Vento, leve tudo que eu estou pensando agora para bem longe! Se quiser leve minha cabeça, ou me leve por inteiro, desde que me afaste de tudo. Eu gosto dessa banalidade diária, mas gosto ainda mais de você.

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